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NOTA DE SOLIDARIEDADE AO POVO GAÚCHO



O Rio Grande do Sul está sob uma tragédia sem precedentes. Segundo a Defesa Civil do estado, são 364 municípios atingidos, quase 130 mil pessoas desalojadas, mais de 20 mil em abrigos, 83 mortes confirmadas e mais 111 pessoas desaparecidas, em números apurados até as 12h do dia 06 de maio de 2024. Hoje, não há rota segura para as regiões centro e serra gaúchas, nem por terra, nem por ar. Estradas foram cortadas pela força das águas, barreiras devastaram trechos de encostas, cidades estão sob alerta máximo. A ajuda, tão urgente, é difícil chegar, mesmo pelos helicópteros da FAB.


Uma tragédia humanitária e ambiental, de dimensões históricas aterradoras, fruto do negacionismo climático dos governos, do descaso com as necessárias políticas de mitigação da crise e a inexistência de um olhar responsável sobre seus impactos, que atingem, principalmente, mas não somente, o povo mais pobre que habita nossos territórios. O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) destinou apenas R$50 mil reais para equipar a Defesa Civil do estado em 2024. É preciso encarar a realidade da crise climática, não tratar os “eventos” como casos isolados ou simples desastres naturais. Exigir planejamento sério dos governos é urgente. 


É preciso incluir no nosso cotidiano o debate sobre a realidade em que vivemos e enxergar a crise climática como algo concreto, diário, exposta em diferentes formas: nas inundações que tudo arrastam e nas secas que nos limitam o uso da água, encarecem a  comida, expulsam do campo quem dele vive. O processo de educação é sempre o mais difícil. E, dessa educação, deriva a exigência de medidas concretas dos governantes. Combater o negacionismo climático daqueles que estão no poder que, em nome de um Estado Mínimo aos pobres, economizam em prevenção e potencializam a visão e ação predatórias, que se volta às demandas crescentes do capital e coloca pessoas e territórios inteiros em risco de extinção.


A solidariedade é um ato humano e só a humanização dos nossos dias e o olhar ecossocialista poderá combater, de fato, a política neoliberal que nos trata - humanidade e natureza - como coisas dispensáveis, sujeitas à pena e ao lamento, mas não à proteção antecipada e planejamento político. O PSOL Bahia se solidariza de forma incondicional ao povo gaúcho, diante desta tragédia, e parabenizamos todas as pessoas pelas doações, ação voluntária e solidária, em especial à militância do PSOL Rio Grandense, que segue, incansavelmente, na ajuda e defesa do seu povo. 


Bahia, 07 de maio de 2024


Executiva Estadual do Partido Socialismo e Liberdade na Bahia


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